Por que não se aplica o jateamento de areia no metal?

PORTARIA N.º 99, DE 19 DE OUTUBRO DE 2004 (Publicada no DOU de 21/10/04, Seção 1) “Proíbe o processo de trabalho jateamento que utilize areia seca ou úmida como abrasivo”
O termo “jateamento de areia” é popularmente conhecido e usado até os dias de hoje. Isso porque, há mais de 100 anos a areia foi o abrasivo que deu origem ao processo de jateamento.
O Jateamento de areia que conhecemos, foi inspirado em um processo natural da terra, denominado como erosão eólica, onde a areia em junção com a velocidade do vento tem a capacidade de modificar uma superfície com seu impacto. O jateamento de areia é a versão modificada e melhorada desse processo, onde a junção do abrasivo + velocidade do ar realiza a limpeza da superfície, removendo carepa de laminação, gerando o perfil de rugosidade / padrão de ancoragem para que em seguida este metal receba a devida proteção.
Afinal de contas, por que o jateamento de areia foi proibido no mercado?
O Jateamento de areia é proibido desde 2004 por conta do alto teor de sílica livre cristalina na areia. A exposição ocupacional à sílica livre e cristalina presente na areia gera riscos à saúde do colaborador, podendo causar silicose – uma doença pulmonar crônica e incurável. A evolução é progressiva e irreversível, podendo incapacitar a pessoa para o trabalho, aumentar as chances de o paciente desenvolver tuberculose ou, até mesmo, levar à morte.
Também é importante ressaltar que, apesar do baixo custo da areia como abrasivo, nela pode conter resíduos orgânicos que contaminam o metal. Por conta disso, contamos com outros abrasivos que garantem a qualidade do tratamento de superfície sem prejudicar a saúde do colaborador.
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